Como construir uma marca de sucesso? Assim como você, muitos líderes de mercado já se fizeram essa pergunta.
E foi a partir dela que suas empresas cresceram, tempos atrás, quando a concorrência só focava em vender produtos.
Mas as coisas evoluíram...
Hoje as marcas fazem parte do cotidiano das pessoas, conectando empresas e consumidores.
Nesse cenário, surge um novo desafio: posicionar a marca como referência, abrindo espaço para que seus produtos, serviços ou ideias ganhem a atenção do público não como alvo, mas como pessoas que interagem e opinam.
É por isso que vale a pena entender o que é branding e como ele funciona na era digital.
O branding, que antes era uma espécie de segredo do marketing empresarial, agora pode ser aplicado em empreendimentos de qualquer porte — inclusive em projetos pessoais.
Então, arregace as mangas e aproveite as dicas a seguir na construção e gestão de sua marca.
O branding está relacionado à sua comunicação interna e externa e até ao modo como seus produtos são lançados
Muitas das explicações sobre branding citam, como exemplos, atributos de marcas que se tornaram famosas ao longo do tempo: o inconfundível logotipo da marca X, a combinação de cores usada pela marca Y, o incrível design dos produtos da marca Z...
Isso pode gerar confusão. Então, pense em tudo que você ouviu falar sobre branding e comece a desfazer alguns mitos:
Na hora de planejar o conceito da sua marca, leve em consideração seus objetivos, seu segmento de mercado e o perfil do seu público
Para saber o que significa branding, de verdade, vale a pena seguir a evolução do conceito:
A palavra branding tem origens remotas e foi popularizada como ato de marcar o gado com ferro quente para mostrar quem era seu dono.
Essa forma de indicar propriedade também já era feita por muitos povos antigos em potes de cerâmica, tonéis de vinho, utensílios etc.
Isso evoluiu ao longo do tempo, com artesãos e artistas usando a mesma estratégia para garantir a autenticidade e identificar o conceito de seus trabalhos: estilo próprio, escolhas de cores e materiais, formas de apresentação etc.
A partir da revolução industrial, o branding é utilizado para destacar os produtos criados para o consumo de massa e diferenciar esses itens daquilo que era produzido e vendidos de forma local.
Algumas empresas não limitam seus esforços às vendas, e criam estratégias para construir suas marcas. Com isso, o prestígio alcançado agrega valor a seus produtos — gerando o conceito de valor da marca.
Já na era digital, quando o relacionamento entre empresas e consumidores é a tendência do momento e se desenrola cada vez mais em ambientes online, a busca, como você já percebeu, é por determinar a personalidade e o posicionamento da marca.
Deu para perceber como esse conceito vai se (trans)formando, do concreto ao intangível?
Por isso, a atual definição de branding é gestão de marca. Um conceito dinâmico, que engloba todos os aspectos anteriores: da idealização de uma imagem de marca a todas as ações realizadas para que ela se torne conhecida e percebida de forma positiva pelas pessoas.
Então, mais do que rever o passado ou se espelhar em marcas bem-sucedidas, é importante olhar para dentro. A chave para um bom trabalho de branding é conhecer todo o potencial do que você vai oferecer ao público. Porque é isso que a sua marca deve refletir.
Branding não precisa ser um bicho de sete cabeças: é só uma questão de gestão
Existem várias maneiras de se utilizar os conceitos do branding para posicionar sua marca como referência, mas o ideal é fazer suas escolhas sob medida.
Por isso, é importante reconhecer a essência de sua marca antes de determinar quais serão as suas estratégias.
Para facilitar esse processo, vale fazer as seguintes perguntas:
Dedique o tempo necessário para aprofundar esses questionamentos e, com as respostas em mente, comece a delinear a personalidade de sua marca através dos seguintes pontos:
Defina quais serão as promessas de sua marca. Elas precisam ser consistentes com os objetivos da empresa, além de autênticas e relevante para o seu público.
Personalidade
Estabeleça o nome, a “voz” da marca — tom, estilo de linguagem, uso de storytelling etc. — e sua identidade visual — logotipo, paleta de cores e elementos gráficos.
Avalie a interação com os clientes no processo de vendas — estratégia de preços, design de produtos e embalagens, navegação no site e/ou aplicativo, atendimento aos clientes de forma física e/ou virtual.
No caso de branding pessoal, adapte esse modelo ao conteúdo, serviço ou produto que você oferece a seus contatos e seguidores — vídeos, e-books, consultoria, palestras etc.
Decida como vai transmitir suas mensagens em cada canal — site, redes sociais, campanhas de e-mail marketing, publicidade em mídias tradicionais e materiais impressos.
Identifique as melhores formas de se aproximar de seu público — produção de conteúdo, participação em grupos, presença em eventos ou ações de marketing social, por exemplo.
Isso também vale para as relações com funcionários, parceiros e investidores.
Lembre-se que o branding não é só o que a marca quer dizer, mas também o que as pessoas podem dizer sobre a sua marca.
Pensar em seu branding é planejar a forma que você quer que sua marca seja percebida
Apesar do branding envolver pesquisa, estratégia e gerenciamento de diversos aspectos da marca, é indispensável criar uma identidade visual poderosa para que esses conceitos sejam vivenciados pelo público.
Afinal, é assim que você pode concretizar suas ideias para que as pessoas se identifiquem com a personalidade da marca.
Isso acontece porque as cores e formas têm o poder de atrair o olhar, provocar emoções, transmitir conceitos e, literalmente, influenciar a maneira com que a marca é enxergada — tudo isso em poucos segundos.
Apesar de a linguagem visual ser um tema extenso, você pode contar com algumas informações básicas para elaborar e gerenciar a identidade gráfica da sua marca.
Veja só:
O vermelho simboliza o amor e a paixão, mas também pode ser associado ao perigo. É uma das cores mais usadas no branding de restaurantes, pelo potencial de estimular o apetite, e em botões de call-to-action, por ser uma cor intensa, que remete ao senso de urgência.
O laranja é associado à juventude e muito usado em alertas, por isso pode sugerir urgência de forma amigável. Além disso, transmite entusiasmo, criatividade e calor.
A cor do ano de 2019 é um tom de laranja chamado Living Coral — confira nosso artigo para ver como usá-lo em designs inspiradores!
Em geral, o amarelo é uma cor que remete à alegria, positividade e até riqueza (pois simboliza o ouro). Porém, é importante selecionar bem a tonalidade e dosar o seu uso, pois a cor tem fama de causar cansaço visual.
O verde está associado à saúde, sorte, meio-ambiente, ciência, tranquilidade e renovação.
Fique de olho!
O azul é muito usado para identidade corporativa por ser uma opção conservadora, que remete à confiança e produtividade, além de refletir a calma e pureza das águas. Porém, por se tratar de uma cor fria, também pode sugerir distanciamento.
O roxo é uma cor muito associada à realeza, sofisticação, feminilidade e sabedoria, mas seus tons mais escuros também passam uma ideia de mistério.
Já os tons vibrantes têm um bom impacto junto ao público jovem, enquanto os claros, como o lilás, transmitem delicadeza ou um toque infantil.
Apesar de não serem exatamente cores, estão sempre presentes na identidade visual das marcas — e cada vez mais nos ambientes online.
O preto e os tons de cinza costumam ser relacionados ao luxo, elegância e sofisticação.
Atualmente, estão se popularizando devido ao uso no universo da tecnologia, das startups e dos aplicativos.
Já o branco é associado à simplicidade, limpeza e inocência, além de criar uma ilusão de espaço — e, com isso, promover conforto visual.
As cores da sua marca devem ter relação com a mensagem que você quer transmitir
As retas costumam ser associadas a solidez, dinamismo e até uma certa agressividade (principalmente quando posicionadas na diagonal). Já as curvas transmitem fluidez, alegria e sensualidade. E as espirais passam a sensação de evolução, criatividade... com uma pitada de diversão.
Vale a pena explorar o movimento das linhas na escolha das fontes para a identidade visual da sua marca!
O quadrado é um formato muito popular para o design de logotipos, pois transmite segurança, credibilidade, equilíbrio e profissionalismo.
O retângulo é uma forma geométrica associada à organização, estabilidade e familiaridade.
O formato circular está em alta. Ele representa harmonia, compromisso, senso de pertencimento ou comunidade. Como o círculo não tem um início ou fim definido, ele também passa a sensação de movimento ou transformação constante, perfeição e integridade.
As pontas e ângulos do triângulo costumam causar um forte impacto visual, irradiando força, energia e inovação. Essa figura é associada à ciência, religião e masculinidade.
Elementos com formato fluido transmitem conforto, liberdade e espontaneidade.
Preste atenção também aos pontos “vazios” do seu logotipo e de outros designs criados para a comunicação de sua empresa.
Afinal, seu cérebro não ignora o fundo da imagem — que pode ser usado para instigar as pessoas a completarem a forma ou visualizarem algo diferente por ali naquele espaço.
Formas geométricas são ótimas aliadas na hora de criar o visual da sua marca
Agora que você atualizou sua visão sobre branding e definiu como posicionar sua marca como referência, que tal colocar suas ideias em prática?
Aproveite os recursos que o Canva oferece gratuitamente — e 100% online — para dar vida a seus planos de como criar uma identidade visual. Você vai se empolgar com a forma intuitiva e descomplicada de fazer diversos tipos de material para consolidar a sua marca.
Combine as definições de seu branding com as informações do tópico anterior para criar a paleta de cores e escolher as fontes que funcionem melhor para sua marca.
Preste atenção em como as formas e cores interagem nos diferentes modelos prontos do Canva. Dá para escolher um deles e personalizar, bem como fazer logotipo do zero. A decisão é sua.
Seja qual for a sua escolha, vale a pena checar os templates para o seu segmento, já que eles foram desenvolvidos por designers profissionais para garantir que funcionem bem em diversos meios — tanto para imprimir quanto para usar online, se adaptando a todos os tamanhos de tela.
Mantenha todos os elementos de sua identidade visual sempre à mão, para que você consiga gerenciá-los rapidamente, sem perder o foco da criação.
Para isso, monte um kit de marca com suas cores, fontes e versões de seu logotipo, além de manter uma pasta com fotos, ilustrações e os templates que você for criando.
É claro que você pode (e deve!) surpreender seu público criando algo diferente de vez em quando — principalmente para alimentar suas redes sociais. Mas faça isso em harmonia com a linguagem visual adotada em seu branding.
Uma boa dica para manter a unidade de sua imagem de marca é apostar no uso de um filtro. Outra estratégia que facilita muito a sua vida é usar os modelos que já são formatados para garantir uma boa visualização em cada tipo de postagem.
A gestão de uma marca precisa estar em constante evolução, pois é através disso que você transmite suas propostas e irradia confiança com um estilo próprio de se relacionar com o público.
Por isso, você precisa estar sempre de prontidão para adaptar, renovar e inovar com seus materiais de comunicação.
Aproveite todas estas dicas de branding e comece agora mesmo a construir, gerenciar e posicionar sua marca como referência.
Esta é uma excelente oportunidade de agregar valor aos seus produtos, serviços ou conteúdos, criando um impacto positivo e memorável nas pessoas.
Se quiser ficar por dentro de todas as novidades do mundo corporativo e conferir tutoriais especiais para sua empresa, acompanhe a nossa coluna Negócios.
Faça a sua marca acontecer!
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